Esse final de semana que passou foi bastante importante pra mim, decidi voltar a beber depois de umas 3 semanas sem nada de alcóol. O que me levou a parar de beber por esses tempos foi algo meio complexo até. Depois de dar um PT monstro no sítio, rolar um barranco duas vezes, escapar por pouco de me foder muito grande e quase estragar o rolê de quem tava ali curtindo...bom, isso me fez pensar.
Me fez pensar que eu andava muitas vezes bebendo pelos motivos errados e isso me fazia ter um bem estar momentâneo, ficava praticamente sedado, mas aí depois quando batia a realidade no outro dia era sempre meio difícil. Os problemas não somem com a bebida, as vezes eles pioram.
É engraçado falar assim, parece até coisa do "AA", mas nem de longe eu sou de beber tanto assim. Basicamente só bebo de 6a e sábado. O que me complica são as emoções, sempre me complicaram, e quando você fica nesse ciclo de chapar/pensar/chapar, parece que nada nunca se resolve. Você só finge esquecer e depois vem a porrada na cara.
Nessas três semanas sóbrias eu continuei fazendo quase tudo que eu sempre fiz e reparei que tenho bons amigos. Isso tudo me ajudou bastante a pensar e concluir bastante coisa, que nem vou escrever aqui, é um raciocínio muito pessoal. Desenvolvi umas crenças e reparei que realmente tem coisas que não dependem de mim, não podem ser mudadas, não voltam, então melhor eu não encanar.
Depois de pensar tudo isso eu me senti livre de vários pensamentos ruins que vinham me assombrando, eis que na sexta-feira eu tava me sentindo realmente legal. E decidi que ia voltar pra onde tudo começou e encarar de frente. Fui pro CB, show do Combat Rock.
Cheguei lá bem cedo, fui direto do meu trampo, encontrei Rédson e Wendel no bar. Ficamos conversando um bom tempo, sanduba de frango pra cá, limonada pra lá, aí fomos pro CB. Ajudei o Rédson a carregar uns equipamentos lá pra dentro e nessa conheci o Clemente e o Ari. Tudo gente fina. Logo mais chegou o Cani e ficamos lá enrolando até eles começarem a passar o som e ensaiar. Ficamos lá vendo eles tocarem por umas 2 horas, estavam tocando com um baterista que nunca tinha feito shows com ele, o cara era bom mas estava bastante nervoso, meio travado. Normal, tocar com essa cambada não deve ser tão fácil.
Depois de umas 2 horas lá dentro a gente saiu pra ir no ensaio das Bisk8, que era ali do lado. Chegamos lá, eu invadi o estúdio e fiquei sentado no canto só curtindo. Ah, até aí eu tinha bebido uma cuba, e tava perfeitamente legal. Macio manja? ahaahuaa
Depois do ensaio delas rumamos pro CB. Tava bem cheio quando chegamos. E lá dentro foi tudo muito foda, vários amigos, discotecagem boa rolando. Aí começou o show e foi absurdo, tesão total. Eu não sou dos maiores fãs de Clash, gosto bastante, mas sinto que vou pirar de verdade daqui uns 5 anos. Mas o show foi um tesão mesmo, o baterista tava bem mais solto, sentando a mão e o resto da banda arrebentando. "Tacando fogo no palco".
Uma hora durante o show eu fiquei reparando neles e pensando como a música é uma coisa muito foda mesmo, eles pareciam moleques ali no palco. É muito louco você ver que os caras tocam há uns 30 anos e continuam com vontade ali em cima, só pela paixão mesmo. Ninguém saiu mais rico ou mais famoso dali. Isso me faz pensar pra caralho.
Fim do show, fomos no camarim se despedir da galera e aí toda essa minha imagem legal quase foi pro saco quando entrei lá e vi umas coisas que não curto. Mas enfim, cada um cada um. Mingau gente finíssima também, só pra constar, até agradeceu por a gente ter aparecido no show.
Aí sábado foi dia de ir tocar em Jundiaí, acordei cedo e fiquei ouvindo Weezer e mais Weezer. A viagem pra Jundiaí foi engraçada, eu e Cani nos perdemos, nos achamos, sem dinheiro pra pedágio, sem gasolina, rockstar total. Mas deu tudo certo, encontramos com o Guiga, Testa e Talita na estrada e fomos juntos. No Gordão trombamos as Bisk8 e o menino de ouro. Ah, amigas da Talita também.
Chegamos no HallBar com rum e coca na mão, e começou a farra. Eu bebi o bastante pra ficar bem legal antes do show. E foi uma boa idéia, porque mais tarde eu iria ficar "blowing up steam, with meth amphetamine". Me diverti pra caralho por lá, conversei com mta gente, curti os shows todos e achei que foi um dos melhores shows que a gente fez, mesmo errando uns detalhes novos de algumas músicas.
Voltamos de Jundiaí direto pra DJ Club, era aniversário da Cris e consegui arrastar um pouco do pessoal pra lá. Foi muito bom, não tava lotado como era de costume antes. Tudo bem legal mesmo, até o "Botinada" tava rolando nas TVs. Ah, acabei tomando o absinto de lá, ele não me enlouqueceu exageradamente, só queimou a minha boca e todo mundo que eu ofereci. ahahauahu
Daí foi isso, cheguei em casa as 7 da manhã, voltei de carona com a Silvana que não via há uns 4 anos pelo menos. E assim dormi, sem fome nem sono. Mas dormi.
Domingo foi só relaxando em casa e concluindo que dessa vez eu não tinha bad nenhuma. Até mesmo no domingo à noite eu estava bem, me sentindo realmente muito legal. Acho que teve a ver com eu beber porque queria, não causar nada além do que eu não queria, e me divertir mesmo nos momentos sóbrios porque o pessoal e o rolê em si estava legal.
Várias conclusões, vários pensamentos, e a vida continua. Nada nunca está ganho, eu quero ficar cada vez mais legal.
*E só pra esclarecer o título do post, ele é de um B-side do Foo Fighters, lá do comecinho da carreira, quando pra mim eles eram muito melhores. Achei o vídeo dessa música que eu tinha visto lá nos meus 15 anos num especial da MTV, e foi uma sensação muito louca que me deu. Baixei a música e to ouvindo direto, me traz lembranças da Raquel.
